"The Elder" (2002) por Myles Pinkney
Seria impróprio e indelicado começar uma conversa sem antes me apresentar. Sou Alexandre Katz. Por alguns anos trabalhei com a criação de sistemas de RPG e conteúdo relacionado (ver aqui, aqui e aqui), mas, por agora, estou apenas me divertindo com o que vier. Considere isso como um resort abstrato no qual tiro minhas férias de desenvolvedor. Desde os anos 90 tenho mergulhado no universo dos RPGs e livros-jogos, com um hiato aqui e outro acolá. O hobby nunca mais saiu de mim, e sempre tenho retornado a ele quando o açúcar refinado digital me enjoa com seus picos imediatos e quedas depressivas. Mestrar e jogar RPGs tem sido uma grande alegria, sempre com surpresas e ações memoráveis, além de estreitar laços de amizade que outrora eram menos firmes. Sou assombrado constantemente por reflexões sobre como somos capazes de produzir narrativas tão ricas, e jogos de interpretação de papel são delícias nesse aspecto. São frutos raros que não podemos colher em qualquer pomar. Não preciso justificar, o conteúdo deverá falar por si só.
É costumeiro discorrer sobre as motivações que levaram um pobre espírito a dedicar seu tempo livre para escrever em um blog obscuro. Certo. Vamos tirar isso da frente. Queria ter um espaço de desabafo, desvinculado a qualquer projeto específico, sem pretensões comerciais. Apenas mais um meio para me conectar à comunidade do nicho de modo franco. O "oráculo cinzento" é minha persona para este ensejo. No mais, escrevo porque escrevo, com plena consciência de ser apenas mais um, trilhando sendas bem gastas, como um vulto propriamente cinzento na visão periférica do espectador. Um andarilho que segue sua jornada no anonimato, mas sempre com sorriso sereno e amistoso, pronto para agregar-se a outros viajantes, aproveitando a jornada a despeito de bifurcações eventuais.
Em todo caso, a ideia deste blog é compartilhar um pouco de minhas alegrias no hobby, mas que de algum modo que me permita “quebrar o pão” junto ao leitor durante a jornada, que algo fique para si e nutra inspirações para continuar firme na estrada.
Um recado importante: apesar de jogar diversos sistemas, um ou outro será privilegiado a depender do tempo. Não sou purista, não acredito na tese de um “melhor sistema” absoluto, mas tenho lá minhas predileções, como qualquer um as teria.
Por fim, não tenho qualquer pudor em repetir os clichês que vemos por aí, desde que expressem bem algum tópico relevante.
Vamos.
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